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Título: O clima nas plantações: velhas e novas dinâmicas de expansão da monocultura de eucalipto para produção de carvão vegetal em Minas Gerais
Autor(es): Silva, Tathiane Paraiso da
Orientador(ra): Barbosa, Rômulo Soares
Membro(s) Banca: Thé, Ana Paula Glinfskoi
Gonçalves, Múcio Tosta
Palavras-chave: Eucalipto – Carvão vegetal - Minas Gerais;Impacto ambiental
Área: Ciencias Sociais Aplicadas
Subárea: Servico Social
Data do documento: 2012
Resumo: As proporções catastróficas de desastres ambientais e a consolidação da percepção sobre a escassez de recursos naturais fizeram com que órgãos internacionais interviessem principalmente no setor industrial, na tentativa de contenção do avanço e da proliferação de impactos ambientais. Tais impactos, originados pela revolução industrial, desencadearam conseqüências irreversíveis ao meio ambiente e às populações que dependem desse meio para sobreviver. Neste cenário, com o advento dos discursos e debates ambientais, surgem as certificações e os investimentos em tecnologias limpas, instrumentos tidos como capazes de conter e avaliar os processos industriais, o que proporciona ao setor empresarial um diferencial em sua marca, transformando o selo verde em sua propaganda principal. O paradoxo em torno desse discurso tem suscitado dúvidas quanto ao seu real objetivo, visto que esses mecanismos tanto tem servido como medida de controle e garantia de obediência às normas ambientais, como também tem se tornado um instrumento de marketing utilizado pelo setor florestal, além de não demonstrar em sua prática diferença em suas ações quanto empresa certificada. A partir desse amplo campo de análise, este estudo objetiva analisar os efeitos para as comunidades locais da implementação de monoculturas de eucalipto em duas situações de expansão dessas plantações, a saber: em área não certificada e em área de plantio de eucalipto com certificação ambiental e em contexto de projetos de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo - MDL, exemplificadas pelas análises das comunidades de Canabrava, Vereda Funda e São José do Buriti. Sendo assim a proposta metodológica reside em: pesquisa bibliográfica; análises documentais; levantamento histórico do contexto local através de entrevistas semi-estruturadas com moradores dessas comunidades explorando o aspecto qualitativo; propõe-se também a análise comparativa apoiando-se em apontar diferenças e semelhanças para que se possa refletir sobre os processos de apropriação dos recursos pelas empresas de plantações de eucalipto e a concepção do que verdadeiramente seja a sustentabilidade ecológica. Os resultados revelam as diversas estratégias de atuação utilizadas pelo setor monocultor de eucalipto, ao contrário da responsabilidade social e preservação ambiental proposta pelos próprios órgãos certificadores ao fornecer os selos verdes, não tem cumprido com suas premissas de sustentabilidade ambiental e justiça social. As relações de poder existentes nesse campo, bem como a racionalidade empresarial monocultora comprometem a garantia e o respeito às diferentes formas de manejos agroambientais. Dessa forma, as populações que dispõem da lógica contrária a exploração dos recursos para obtenção de lucros, têm permanecido à margem das decisões políticas quanto ao uso e apropriação dos seus territórios, pois de maneira arbitrária tem perdido suas terras em favor dos grandes projetos agropecuários.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1139
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