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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1177
Título: | O sistema de transporte urbano e os reflexos sobre a (in) segurança no trânsito |
Autor(es): | Oliveira, Flávio Mário Alves |
Orientador(ra): | Lessa, Simone Narciso |
Membro(s) Banca: | Ferreira, Anete Marília Pereira Ferreira, William Rodrigues |
Palavras-chave: | Trânsito - Segurança;Urbanismo - Mobilidade;Normas de circulação;Ideologia |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | Abr-2013 |
Resumo: | O crescimento da frota de veículos automotores de uso particular tem ganhado destaque nas últimas décadas no Brasil, ora visto como sinônimo de progresso econômico ora relacionado à precarização do transporte coletivo. O crescimento das cidades impõe expansão de novas modalidades de transporte e de fluxos exigindo novos arranjos estruturais. A ausência de um ordenamento territorial associado às necessidades de locomoção no trânsito das cidades tem contribuído para o aumento das distâncias, do tráfego e dos acidentes. Este trabalho aborda de forma analítica e comparativa aspectos relativos à ocupação urbana no Brasil e em particular na cidade de Montes Claros/MG, tendo como objetivo geral o crescimento da frota de automóveis particulares, as transformações da infraestrutura viária urbana e a percepção à norma na perspectiva da insegurança no trânsito. Os estudos técnicos sobre a circulação tratam em geral das alterações da malha viária, normatização relativa ao deslocamento de pessoas e bens sobre o espaço urbano em uma perspectiva de melhoria do tráfego. Entretanto, pouco se observa os aspectos de distribuição espacial da população e os fatores intervenientes nas questões da segurança no trânsito. A expansão urbana da cidade de Montes Claros a partir da década de 1970, bem como sua influência como pólo regional, a carência de políticas estruturais e viárias, as deficiências do sistema de transporte de massa explica, em parte, o crescimento de 118,14% na frota de veículos e de 505,55% nas mortes no trânsito no período 2000/2010. Os apelos por parte da sociedade por uma intervenção pública nos aspectos fiscalizatórios, estruturais e incrementação de novas modalidades de transporte urbano entram em choque com os interesses ligados à propagação da ideologia do uso do automóvel como expressão de progresso econômico, status e poder. Em um ambiente de espaço mínimo, formação cultural individualista e uso privado do espaço público, a fragilidade da percepção dos riscos e das normas aumenta a insegurança, os constantes acidentes e mortes violentas no trânsito. Através da pesquisa é possível perceber a distribuição espacial dos acidentes na cidade, a vitimização, o fator temporal, as principais causas e as ações dos poderes públicos atuantes no trânsito. As efêmeras ações de fiscalização de caráter preventivo e repressivo dissociadas de políticas públicas de intervenção na infraestrutura urbana que suprem a demanda crescente de tráfego aos veículos acabam por não legitimar a penalização dos infratores no trânsito, naturalizando o descumprimento das normas de circulação. Após as análises ideológicas, normativas, de fiscalização e entendimento sobre o funcionamento do sistema de mobilidade urbana da cidade, é possível perceber que há a necessidade de intervenções de caráter estrutural, viária, educacional e de integração entre as modalidades de transporte. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1177 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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