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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1184
Título: | De nativos e de caboclos: reconfiguração do poder de representação de comunidades que lutam pelo lugar |
Autor(es): | Dayrell, Carlos Alberto. |
Orientador(ra): | Barbosa, Rômulo Soares |
Membro(s) Banca: | Acselrad, Henri Costa, João Batista de Almeida Oliveira, Alessandro Roberto de Carlos, Walter Porto-Gonçalves Anaya, Felisa Cançado Barretto Filho, Henyo Trindade |
Palavras-chave: | Comunidades tradicionais - Norte de Minas Gerais - Serra do Espinhaço – Diamantina (MG) – Região;Povos tradicionais;Direitos territoriais;Cartografia social |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2019 |
Resumo: | Analiso a movimentação de povos e comunidades tradicionais que vivem no Norte de Minas e na Serra do Espinhaço meridional da região de Diamantina, que na luta pelo reconhecimento e pelo direito territorial, constituíram em suas estratégias de resistência e de reposicionamento um movimento social denominado Articulação Rosalino Gomes de Povos Tradicionais. Abordo o seu surgimento a partir de antecedentes que fui buscar elegendo personagens e contextos da história regional ambientada nos últimos cem anos. Denomino esses personagens que opuseram resistência ao mandonismo e à expropriação territorial, cada um em sua época, como insurgentes nativos. Verifico a emergência da Articulação Rosalino em um contexto de hegemonia das elites dirigentes locais e regional associadas à modernização da região. A partir de um “pacto etnográfico” estabelecido entre mim e as “antenas” da Articulação Rosalino, em uma pesquisa colaborativa, fui em busca da compreensão de como a questão identitária, posta pela Articulação Rosalino entra no debate sobre o direito à diferença, com o acionamento de outras epistemes como reação à condição de colonialidade que se mantém na sociedade brasileira e, em particular, na Norte Mineira. Utilizo da análise situacional para a compreensão de uma série complexa de eventos realizada pela Articulação Rosalino no exercício do “direito na prática”. Percebo que os processos de produção de identidades e de afirmação em suas diferenças e tradicionalidades são complexos e contraditórios, abrangem diferentes formas de se ver e se fazer no mundo, acionando valores, conhecimentos, linguagens e entendimentos próprios. Constato que a luta pelos direitos e pelo reconhecimento promovida pelas comunidades, que se reafirmam como tradicionais e, em seguida, como “povos”, repercutem não apenas na reconfiguração de seus poderes de representação, rebelando e acionando distintas estratégias de recuperação ou proteção de seus territórios contra as seguidas tentativas de confinamento e de encurralamento territorial. Vão mais além, promovem insurgências que entram na disputa ontológica por um outro viver. Acionam diferentes estratégias para manterem suas vidas no lugar, sem abrir mão de intervir em espaços mais amplos, como partícipes atuantes de diálogos civilizacionais. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1184 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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