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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1194
Título: | “Nem tão escravos, mas também nem tão libertos”: a memória no processo de luta e resistência na defesa do lugar |
Autor(es): | Santos, Lilian Maria |
Orientador(ra): | Paula, Andrea Maria Narciso Rocha de |
Membro(s) Banca: | Brandão, Carlos Rodrigues Brandão Anaya, Felisa Cançado Morais, Maria Dione Carvalho de Araújo, Helciane de Fátima Abreu Pereira, Anete Marília |
Palavras-chave: | Quilombolas - Usos e costumes;Identidade social;Negros - Identidade racial;Memória coletiva;Sempre viva - Flores silvestres;Jequitinhonha, Rio, Vale (MG). |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2020 |
Resumo: | O presente estudo tem como objetivo etnografar a memória enquanto elemento organizador da unidade social no processo de afirmação identitária. Para tanto tem como objetivos específicos investigar como a memória da unidade social é incluída nos processos de luta e resistência, na reivindicação por direitos, compreender a dimensão do tempo na ação da memória na defesa do lugar e analisar os processos de atualização da memória. A pesquisa foi desenvolvida na comunidade de Raiz, na região da Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. O estudo acompanhou a trajetória da família de Pai Véio e Mãe Véia, na luta em defesa do lugar, o processo de politização para o autoreconhecimento como comunidade apanhadora de flores sempre viva e como remanescente de quilombo. A metodologia utilizada foi a etnografia, priorizando-se o estar na comunidade, o diário de campo, as entrevistas, as observações e também oficinas com os interlocutores. As entrevistas e observações buscaram a aproximação com o cotidiano das práticas e valores do lugar, já a oficina da linha do tempo procurou trazer as lembranças de toda a trajetória da família e a oficina da Nova Cartografia Social intentou construir um mapa dos lugares da memória, contendo a história de construção e dos conflitos do território. Nesse percurso, as categorias nativas emergiram permitindo a compreensão do modo de viver da comunidade Raiz, da mesma forma a história do artesanato e a visibilidade da luta da comunidade. Foi possível compreender também como essas categorias são politizadas, passando a instrumentalizar as categorias jurídicas que são acionadas no processo de autoreconhecimento. O estudo permitiu entender a importância da religião para os comunitários, enquanto fiéis da Congregação Cristã no Brasil e como esta condição perpassa a luta por direitos. Ainda foi constatado que as lideranças formais e informais da comunidade centram-se nas mulheres, tanto nas atividades internas como na conexão com o mundo de fora. A dimensão do afeto permite, na comunidade Raiz, a emergência das memórias de luta e construção do lugar, da mesma maneira que possibilita o fortalecimento dos laços para a mobilização política. A memória é instrumento político acionado para a busca por direitos através do mundo externo que provoca transformações e ao mesmo tempo a manutenção do mundo de Raiz. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1194 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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