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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1303
Título: | “Mais do mesmo”: uma análise dos efeitos da construção da UHE de Irapé para os reassentados de Araras |
Autor(es): | Azevedo, Célia Lopes |
Orientador(ra): | Thé, Ana Paula Glinfskoi |
Membro(s) Banca: | Anaya, Felisa Cançado Augusto, Helder dos Anjos |
Palavras-chave: | Usina Hidrelétrica de Irapé - UHE;Agricultores familiares;Vale do Jequitinhonha;Impactos socioambientais;Reassentados – Araras, Francisco Sá (MG) |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2019 |
Resumo: | Sob a égide do discurso ideológico desenvolvimentista, os empreendimentos hidrelétricos no Brasil provocaram efeitos ambientais e socioculturais relevantes, especialmente na vida das pessoas que habitavam as regiões diretamente atingidas. Nessa perspectiva, o presente trabalho objetivou analisar, a partir das percepções e vivências das famílias reassentadas em Araras, Francisco Sá, norte de Minas Gerais, o processo de transferência involuntária, de desapropriação e de reassentamento, em consequência da UHE de Irapé, instalada no curso do Rio Jequitinhonha. Para consecução do objetivo, conduziu-se um estudo de caso complementado por pesquisas bibliográficas, documentais, com trabalho de campo viabilizado pela técnica de entrevista semiestruturada, além de registros fotográficos. O estudo evidenciou que a desapropriação e a transferência involuntária das vinte e seis famílias atingidas pela UHE de Irapé para o reassentamento de Araras foi um processo gerador de sofrimento social e de impactos negativos no modo de vida dos agricultores rurais envolvidos. Acarretou ruptura dos laços de parentesco e de vizinhança; modificou abruptamente histórias de vida; práticas cotidianas de reprodução econômica e cultural. Agravada, principalmente pela indisponibilidade dos recursos hídricos no novo local e da indisponibilidade do acesso aos serviços públicos antes existentes em seus locais de origem como: de educação, de saúde e de transporte. Como resultado, descreve se o descompasso entre propostas e os discursos de garantia de direitos propagados pelo empreendimento durante o processo de planejamento de medidas reparadoras e as condições vivenciadas pelos atingidos pela UHE de Irapé, demonstrando que o atendimento aos requisitos técnicos do processo de licenciamento ambiental de uma barragem hidrelétrica, como a elaboração do TAC - Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre o empreendimento e as populações impactadas, tal instrumento, não tem garantido a resolução de conflitos e o respeito à dignidade humana e a justiça ambiental. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1303 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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