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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1413
Título: | Entre o anjo do lar e a puta comunista: transgressões, militância e resistência de mulheres em “A Torre das Donzelas” |
Autor(es): | Souza, Amanda Freitas |
Orientador(ra): | Ferreira, Maria da Luz Alves |
Membro(s) Banca: | Maia, Cláudia de Jesus Estevão, Ana Maria Ramos |
Palavras-chave: | Prisioneiras políticas - Brasil;Mulheres - Condições sociais;Brasil – História, 1964-1985;Ditadura;Ativistas políticos - Mulheres;Torre das Donzelas - Lira, Susanna. - Crítica e interpretação;Feminismo |
Área: | Ciencias Sociais Aplicadas |
Subárea: | Servico Social |
Data do documento: | 2023 |
Resumo: | O presente trabalho buscou analisar, utilizando como objeto central a obra documental Torre das Donzelas (2018), aspectos de transgressão de padrões sociais, militância política e as estratégias de sobrevivência e resistência de mulheres que combateram a ditadura civil-militar brasileira, nos anos de 1964 a 1985, e estiveram na ala feminina do Presídio Tiradentes, em São Paulo, destinada à presas políticas. O contexto da época já contava com importantes avanços no que diz respeito ao reconhecimento das mulheres, tais como o direito ao voto em 1932, o a igualdade jurídica entre os sexos em 1946 e a autonomia da mulher casada em 1962, porém ainda existiam diversos desafios em relação aos direitos das mulheres, ao seu reconhecimento e à sua participação na sociedade. Durante o período da ditadura civil-militar no Brasil, o regime reprimiu duramente as manifestações populares e políticas, o que afetou especialmente as mulheres que lutavam por seus direitos, seja em suas mobilizações ou quando estas eram identificadas como subversivas, cujo estereótipo se distanciava da idealização feminina burguesa. Com a promulgação do Ato Institucional número 5, em 1968, o recrudescimento da repressão política conviveu com estratégias de combate ao regime, que contou com a mobilização de jovens, inclusive de mulheres, que ingressaram em grupos de guerrilha revolucionária. Direta ou indiretamente, elas se envolveram nessas lutas e vivenciaram limites e potencialidades de ação marcadas pela condição de gênero. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi compreender como a militância de mulheres no período da ditadura civil-militar contribuiu para ressignificar e romper limites construídos historicamente pelo patriarcado. Entendendo os limites desta pesquisa, pois muitas foram as formas como mulheres atuaram nesse período, foi utilizado como objeto de análise o documentário Torre das Donzelas, dirigido por Suzana Lira, e trechos de seus depoimentos, considerando a importância da obra em projetar uma história pouco conhecida da ditadura civil-militar brasileira, que é a história de mulheres presas e perseguidas políticas, suas estratégias de sobrevivência frente ao cárcere, à tortura e às violências no Presídio Tiradentes; a importância da união e solidariedade feminina e a reflexão sobre a relevância da luta pelos direitos humanos e a necessidade de manter viva a memória dos que resistiram ao autoritarismo para garantir as liberdades democráticas neste país. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1413 |
Aparece nas coleções: | Teses e Dissertações |
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