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Título: Avaliação da funcionalidade em idosos assistidos por equipes da estratégia saúde da família em Montes Claros/MG
Autor(es): Soares Neto, Mariano Fagundes
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Carneiro, Jair Almeida
Costa, Simone de Melo
Palavras-chave: Idoso;Avaliação da deficiência;Dependência;Atenção primária à saúde – Montes Claros;Funcionalidade
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: O Brasil apresenta um rápido envelhecimento populacional. A transição demográfica alterou o perfil de saúde da população, surgindo um novo conceito de saúde focado na funcionalidade. Esta representa o principal determinante do estado de saúde dos idosos, entendida como a capacidade de executar eficientemente suas atividades básicas e instrumentais da vida diária. O presente estudo teve como objetivo avaliar a funcionalidade de um grupo de idosos na Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de Montes Claros, identificando fatores associados à dependência funcional para a população avaliada. Trata-se de pesquisa observacional, transversal e analítica. Foram avaliados os dados de idosos, aleatoriamente selecionados, entre as equipes urbanas da ESF. O instrumento utilizado foi o BOMFAQ (Brazilian Older Americans Resources and Services Multidimensional Function Assessment Questionnaire). A coleta de dados foi realizada por equipe treinada, nos próprios domicílios dos idosos. Foram avaliados dados sociodemográficos, econômicos, relacionados aos hábitos de vida, cuidados de saúde e morbidade, além das Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD). Além de análise descritiva dos parâmetros avaliados, avaliou-se a associação de algumas características dos idosos com a dependência funcional por meio do teste qui-quadrado, seguido de análise múltipla de regressão de Poisson, com variância robusta para determinação das Razões de Prevalência e respectivos Intervalos de Confiança de 95%. O grupo avaliado foi de 1750 idosos, com predomínio do sexo feminino e escolaridade predominantemente inferior ao primário completo. A maior proporção da população pesquisada foi considerada dependente para a realização de, pelo menos, uma atividade de vida diária (57,0%). A proporção de dependência leve, moderada e acentuada foi, respectivamente de 26,5%, 12,4% e 18,1%. As variáveis que se mostraram estatisticamente associadas a algum nível de dependência funcional, após análise múltipla foram: sexo feminino (RP=1,19); possuir 70 anos ou mais de idade (RP=1,33,); escolaridade igual ou inferior a quatro anos (RP=1,19); não possuir emprego atual (RP=1,43); não realizar atividade física regular (RP=1,19); não fazer caminhadas (RP=1,15); não ouvir rádio como passatempo (RP=1,13); não ter hábito de leitura (RP=1,17); apresentar sintomas depressivos (RP=1,15); ter relato de pelo menos uma internação nos últimos seis meses (RP= 1,18); apresentar comprometimento da cognição (RP=1,16); referir insônia (RP=1,13); obesidade (RP=1,18); ter relato de queda último ano (RP=1,11); referir catarata (RP=1,09), problemas de coluna (RP=1,19); incontinência urinária (RP=1,25); referir má circulação (RP=1,09) e ter uma autopercepção negativa de saúde (RP= 1,22). Conclui-se que existe uma elevada proporção de idosos vivendo com dependência funcional. Entre as variáveis associadas destacam-se, sobretudo as morbidades autorreferidas, além do sexo feminino, baixa escolaridade e variáveis que definem menor envolvimento social.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1679
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