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Título: Candomblé de Angola na comunidade tradicional de matriz africana Manzo diá Luango: história, ensinagens e educação
Autor(es): Ferreira, Welington Coimbra
Orientador(ra): Horácio, Heiberle Hirsgberg
Membro(s) Banca: Amorim, Mônica Maria Teixeira
Barbosa, Denilson Meireles
Souza, Fabiano José Alves de
Palavras-chave: Processos educativos;Ensinagens de terreiro;Candomblé de Angola;Manzo diá Luango;Alternativa educacional
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Ciência Política
Data do documento: 19-Fev-2024
Resumo: O presente trabalho objetiva investigar e descrever, como acontecem os processos educativos - as Ensinagens de Terreiros e suas especificidades - para Ndumbis e iniciados do Manzo diá Luango em São Francisco/MG, sobretudo em determinados conjuntos rituais. Nós compreendemos que entender os processos educativos assentes nas comunidades de terreiro possibilitam entendimentos outros para a Educação em seu sentido amplo. Esse objetivo se desdobrou em três outros objetivos que constituíram os capítulos deste trabalho. No primeiro capítulo o objetivo foi o de discorrer acerca de diferentes entendimentos de Educação, acerca das Ensinagens de Terreiros e, designadamente, do Candomblé. Para tanto, utilizamos autoras e autores como Brandão (1993), Freire (1996; 2020), Libâneo (2001), Luiz Rufino (2019), Tassio Ferreira (2021), Vanda Machado (2013) e Stela Caputo (2012); no segundo capítulo o objetivo foi construir uma introdutória e breve ordem de apresentação e compreensão do “advento/desvelamento” do Manzo diá Luango, sendo que esta parte respondeu à solicitação que percebemos do próprio quilombo e foi realizada a partir de uma “etnografia” no quilombo e de entrevistas, orientadas metodologicamente, pela perspectiva da História Oral, relatando a reconstrução e a constituição do Candomblé no espaço em que ele se realiza/manifesta atualmente. Já no terceiro capítulo descrevemos os processos educativos e os ensinamentos para os Ndumbis e iniciados no Manzo Diá Luango em São Francisco – MG durante as atividades em conjuntos rituais do terreiro. Como base epistemológica nós nos amparamos na Epistemologia das Encruzilhadas, proposta por Rufino (2019), encruzando-a com os processos metodológicos da Etnografia e da História Oral, e os próprios Saberes da Roça de Candomblé em que trabalhamos, por meio da participação efetiva. Nós entendemos a Educação como processos que não ocorrem necessariamente em espaços formais, sendo ela pluriversal e dialógica, relacionada com a responsividade e com o outro. As Ensinagens de Terreiro possibilitam entendimentos que são constituídos em comunidades de terreiro, com caminhos distintos, desde a ancestralidade à integralidade. A respeito da Manzo diá Luango, observamos que a História dela começa com os seus ancestrais, e que apesar das dificuldades, constituíram todo um lugar às muitas mãos, com e por todo um povo. Nós observamos que as Ensinagens dialogam com processos complexos de aprendizagem, que denominamos “Atos de Ensinagens”, que vão desde a hierarquia e a família até as relações com a infância. As Ensinagens são uma alternativa educacional viável que se contrapõe as concepções excludentes e hegemônicas. Por fim, esta dissertação difere das demais por relatarmos Histórias outras, defendermos o que acreditamos e imortalizarmos sujeitos – sendo essa a nossa maior conquista.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1698
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