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https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1800
Título: | Viagem e criação em poemas italianos, de Cecília Meireles : tessituras a partir da pedra e da água |
Autor(es): | Chaves, Anny Costa |
Orientador(ra): | Oliveira, Ilca Vieira de |
Membro(s) Banca: | Pires, Antônio Donizete Souza, Marcio Jean Fialho Pereira, Andrea Cristina Martins |
Palavras-chave: | Poemas italianos - Meireles, Cecília, 1901-1964. - Crítica e interpretação;Metáfora na literatura;Poesia;Literatura brasileira - História e crítica |
Área: | Linguistica, Letras e Artes |
Subárea: | Letras |
Data do documento: | 10-Abr-2023 |
Resumo: | Este estudo busca interpretar a elaboração do texto poético com foco na viagem e nas metáforas da pedra e da água em Poemas italianos, de Cecília Meireles. O aspecto intercultural de Poemas italianos, seu contexto de viagem, sua universalidade de temas e recursos expressivos bem como a escassez de crítica literária dedicada ao volume justificam a realização desta investigação. Para tanto, lançamos mão de uma abordagem hermenêutica (CANDIDO 2006), que nos permite propor um movimento de leitura para elementos significativos dos poemas, como as metáforas, e para a integridade do livro. Observamos temas, ritmos, símbolos, figuras de linguagem, imagens, intertextualidades e marcas de uma leitura de mundo expressas por Cecília Meireles, poeta-viajante. Para discutir viagem e escrita recorreremos aos escritos de Borges (2010), Onfray (2009), Goethe (2017), Santiago (1984), Floresta (2018) e às crônicas de viagem de Meireles (1999). Nossa abordagem sustenta-se em pressupostos teóricos e críticos que compreendem a paisagem e a cidade enquanto construções humanas, como os observados em Tuan (1983), Santos (1986), Cauquelin (2007), Collot (2013), Gomes (1994) e Brandão (2006). Quanto à análise do tratamento dado à linguagem por Cecília Meireles e à reflexão em torno do gênero lírico nos embasamos em Paz (2015), Borges (2000), Pound (2011), Goldstein (1985), Bandeira (1960), Bosi (1996), Candido (2006), Walty (1994) e Moisés (1996). A interpretação do corpus literário se vale de um entendimento sobre o poema como expressão verbal dotada de unidade formada por ritmo, imagem e significado, sendo o poema, além disso, uma inscrição simbólica da história humana. No que diz respeito aos conceitos de história, mito, memória e inscrição argumentamos com base em Le Goff (2013), Nora (1993), Benjamin (1994), Bakhtin (1997), Goethe (2017), Gagnebin (2006) e Eliade (1992; 2016). Em Poemas italianos, as simbologias da viagem, da pedra e da água mostram-se importantes linhas de significação e inspiração, que tecem o discurso estético do livro sobre o território italiano. A partir delas, Cecília Meireles revela seu perfil de leitora de literatura e da cidade moderna. Os poemas, de sonoridade expressiva, tematizam a memória, a morte, a criação artística, a percepção, a imaginação, a transitoriedade da existência, a paisagem, a metalinguagem, o tempo, a função social do artista, do objeto artístico e dos monumentos, o patrimônio histórico, os mitos e o trabalho, através das significações da viagem, da pedra e da água. Nessa poética, o espaço fala ao sujeito lírico, fala a Cecília Meireles escritora e viajante, corpo em deslocamento físico e em constante movimento criativo e reflexivo. Os poemas dialogam com o território e o reinventam. |
URI: | https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1800 |
Aparece nas coleções: | Dissertações |
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