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Título: Violência contra mulheres adultas com deficiência: transtorno no Brasil
Autor(es): Pires, Clara Braga
Orientador(ra): Costa, Simone de Melo
Maia, Luciana Colares
Membro(s) Banca: Dias, Verônica Oliveira
Abreu, Mauro Henrique Nogueira Guimarães de
Palavras-chave: Violência contra mulheres;Mulheres – Políticas públicas;Mulheres - Pessoas com Deficiência (PcD);Saúde pública;Violência – Brasil
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 4-Jun-2024
Resumo: O conceito de pessoa com deficiência foi fundamentado na Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. As pessoas com deficiência apresentam impedimentos, de longo prazo, seja físico, mental, intelectual ou sensorial, que ao interagir com outras barreiras, podem prejudicar a participação plena e efetiva na sociedade, em iguais condições com outras pessoas. A deficiência/transtorno torna as mulheres mais susceptíveis aos atos de violência, devido às vulnerabilidades das estruturas sociais. Nesse sentido, essa dissertação teve como objetivo analisar os aspectos da violência contra as mulheres adultas com deficiência/transtorno no Brasil. Trata-se de um estudo transversal, de caráter analítico, com dados de notificações de violência interpessoal e autoprovocada do Sistema de Informação de Agravos e Notificação,em 2019, no Brasil. Descreveu-se o perfil das vítimas mulheres de 20 a 59 anos, com e sem deficiência/transtorno. Verificou-se a associação do local de ocorrência da violência e ‘ter deficiência/transtorno’, pelo teste qui-quadrado e, conduziu-se a regressão de Poisson, com variância robusta,para estimar a Razão de Prevalência (RP) bruta e ajustada, com Intervalo de Confiança de 95%(IC95%), da variável dependente ‘ter deficiência/transtorno’ e variáveis relacionadas ao perfil do agressor e tipos de violência. Considerou-se o nível de significância 5%. Registraram-se 172.665 casos, sendo 16,8% para mulheres com deficiência/transtorno. Destas, 53,2% tinham transtorno mental. O perfil das mulheres com e sem deficiência/transtorno foi semelhante para: brancas, de 20 a 40 anos e ensino médio completo. A ocorrência da violência na residência foi mais frequente para mulheres com deficiência/transtorno (p ≤ 0,05). O perfil do agressor de mulheres com deficiência/transtorno em relação às sem deficiência/transtorno apresentou maior prevalência para: sexo feminino (RP = 1,041); sem suspeita de uso de álcool (RP = 1,009); e adultos de 20 a 24 anos (RP = 1,061). As mulheres com deficiência/transtorno apresentaram maior prevalência de agressões por tortura quando comparadas às mulheres sem deficiência/transtorno (RP = 1,013); violência sexual (RP = 1,034); financeira (RP = 1,018) e violência autoprovocada (RP = 1,181); e menor prevalência para violência física (RP = 0,969) e psicológica (RP = 0,987). Essa pesquisa apresentou importante percentual de mulheres adultas com deficiência/transtorno, vítimas de violência. A deficiência/transtorno adiciona vulnerabilidade às mulheres, com particularidades quanto ao perfil do agressor e maior número de tipos de violência perpretados contra elas. Em adição aos produtos científicos produzidos com esse estudo, foram também elaborados produtos técnicos sobre a temática violência: palestras ministratadas, curso de curta duração e pitch desenvolvido.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1841
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