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Título: A medicação que apazigua e a família que cuida: representações sociais de profissionais sobre usuários com esquizofrenia
Autor(es): Silva, Geane Correa da
Orientador(ra): Sampaio, Cristina Andrade
Membro(s) Banca: Candeias, Analisa Lia Silva
Sant"Ana, Paulo Afrânio
Schweitzer, Mariana Cabral
Palavras-chave: Esquizofrenia - Pacientes - Medicação;Esquizofrênicos - Relações com a família;Profissionais da saúde;Sistema Único de Saúde (Brasil) - Rede de Atenção Psicossocial;Representações sociais
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 18-Dez-2023
Resumo: Este trabalho apresenta uma pesquisa que objetivou compreender as representações sociais dos profissionais da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) sobre usuários com esquizofrenia. A RAPS se constitui em um conjunto de serviços que foram criados na esfera do Sistema Único de Saúde (SUS), com vistas ao cuidado de pessoas que se encontram em sofrimento psíquico. Criada em 2011, ela é uma importante estratégia de redirecionamento do modelo assistencial ofertado no âmbito da saúde mental. Os profissionais que nela atuam acolhem e acompanham pacientes que apresentam desde transtornos mentais mais leves até mais graves. A oferta de cuidado aos usuários com esquizofrenia, assim como com outros transtornos, é orientada por representações historicamente construídas, que dão sentido às relações estabelecidas no território. Trata-se de uma pesquisa de campo realizada na RAPS de quatro (04) municípios da região Norte do estado de Minas Gerais/Brasil. Foram entrevistados enfermeiros (as), médicos (as) e psicólogos (as). O estudo contou com uma abordagem qualitativa, direcionada pelo arcabouço teórico-metodológico denominado Representações Sociais a partir da Abordagem Estrutural. A coleta de dados compreendeu três etapas: aplicação de um questionário sócio-demográfico e profissional, utilização da Técnica de Evocação Livre de Palavras (TALP) e uma questão aberta em profundidade. Os dados gerados pela TALP foram analisados por meio da abordagem estrutural, com o auxílio do Software Ensemble de Programmes Permettant l’Analyse des Evocations (EVOC®), versão 2005, através do quadro de quatro casas de Pierre Vergés. Aqueles gerados por intermédio da questão aberta em profundidade foram analisados conforme a técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin. No que corresponde ao resultado originado a partir das 251 evocações trazidas pelos 50 profissionais entrevistados, as expressões que, possivelmente, consituem a estrutura das representações, apresentadas no núcleo central, foram: agitação, alucinação e medicação como palavras que indicam uma ênfase no tratamento medicamentoso. Contudo, ainda no núcleo central, aparece a expressão “cuidado” que, junto com outros elementos trazidos nos demais quadrantes, mostram a busca por um cuidado integral aos usuários com esquizofrenia no território em questão. Nesse sentido, a análise de conteúdo possibilitada pela questão aberta culminou em duas principais categorias. Uma, trazendo sobre a medicação como aliada no cuidado ampliado, descrita pelas subcategorias: a medicação como forma de apaziguar o paciente com esquizofrenia e o cuidado ampliado em saúde mental. E a outra categoria, discorrendo sobre a família como centro de cuidado. A inserção da família no atendimento de pacientes com esquizofrenia é descrita por intermédio de duas subcategorias: a família como pilar na estabilização do paciente; e o esgotamento e adoecimento familiar no processo de cuidado. A associação dos resultados da pesquisa de campo com a revisão de literatura sinaliza para a necessidade de fortalecimento da assistência ofertada na RAPS através de arranjos que cooperem para a sua edificação, dentre eles, a capacitação continuada de seus agentes.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/1879
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