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Título: O uso variável das formas “mas” e “mais” na escrita e na oralidade de alunos do Ensino Fundamental – Janaúba/MG
Autor(es): Vicente, Maria da Penha Borges de Oliveira
Orientador(ra): Coelho, Maria do Socorro Vieira
Membro(s) Banca: Coelho, Maria do Socorro Vieira
Palavras-chave: norma-padrão;ortografia;sociolinguística educacional;variação linguística
Área: Linguistica, Letras e Artes
Subárea: Linguistica
Data do documento: 11-Ago-2021
Resumo: Nesta dissertação, pesquisou-seo uso variável das formas “mas” e “mais” na escrita e na oralidade de alunos do Ensino Fundamental. O tema justifica-se porque os alunos participantes do estudo têm utilizado, na escrita, a forma “mas” com inserção da semivogal “i” (“mais”), o que contraria a gramática normativa. A pesquisa fundamentou-se nas abordagens da sociolinguística variacionista, na sociolinguística educacional, em linguistas e gramáticos que estudam os aspectos linguísticos em questão, e em livros didáticos utilizados por esses discentes. Em relação à metodologia, do ponto de vista da abordagem ao problema, utilizou-se a proposta laboviana e, quanto aos procedimentos técnicos, a pesquisa-ação. Foram elaboradas as seguintes hipóteses: a) a conjunção adversativa “mas” está passando por um processo de alteração em relação ao seu uso na oralidade e seu registro na escrita. Isto é, “mas” se realiza como ‘mas” e como forma inovadora “mais”, sem alterar o sentido. Trata-se de um caso de variação linguística; b) o processo de paronímia presente na conjunção adversativa “mas” e no advérbio “mais” pode interferir no uso oral e na escrita dos alunos da escola onde trabalhamos; e c) conforme Soares (2018), práticas de ensino relacionadas à consciência metalinguística e aprendizagem da língua escrita favorecem o ensino e a aprendizagem do aspecto linguístico em sua forma padrão. Os resultados revelaram que a conjunção “mas” é realizada como “mas” e com inserção da semivogal “i” na oralidade e na escrita dos estudantes pesquisados. Por sua vez, o advérbio “mais” realiza-se sem alterações.Percebeu-se que, na escrita, “mas” e “mais” exercem função de conjunção adversativa, estabelecida para “mas”. Entretanto, o advérbio “mais” não tem sofrido alterações de uso. Na análise dos fatores estruturais, consideraram-se: ortografia; posição na sentença e sentidos da conjunção “mas” e do advérbio “mais”. Essa análise possibilitou explicar sintática e semanticamente as realizações das formas “mas” e “mais” na escrita e na oralidade dos alunos. Apontaram-se as possibilidades reais de usos das palavras em questão no vernáculo do português brasileiro: “mas” e “mais” (variante) como conjunção adversativa; “mais”, indicando tempo “após”, “depois de” em frases não negativas, além de funções e sentidos citados para essas formas em dicionários e gramáticas de uso. A partir dos resultados da pesquisa diagnóstica, e com base nos fundamentos teóricos sobre os aspectos linguísticos em estudo, realizou-se a 2ª etapa da pesquisa, a saber: vi) sugerir uma proposta constituída de práticas de ensino para que se possa trabalhar os usos das formas “mas” e “mais”, conforme a norma-padrão. Além da proposta, produziram-se um minicurso e uma oficina, os quais foram ministrados com os professores da escola onde foi desenvolvida a pesquisa e com os graduandos do curso de Letras/Unimontes, respectivamente.Essas três produções intelectuais estão indexadas à dissertaçãoe são denominadasde Caderno virtual indexado à dissertação – Proposta de ensino, Caderno virtual indexado à dissertação – Minicurso e Caderno virtual indexado à dissertação – Oficina.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/422
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