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Título: Da luta pela terra as territorialidades no Projeto de assentamento Dois de Junho Olhos D'Água – MG
Autor(es): Souza, Suzana Graziele de
Orientador(ra): Silva, Cássio Alexandre da
Membro(s) Banca: Fonseca, Ana Ivania Alves
Souza, Angela Fagna Gomes de
Palavras-chave: Norte de Minas;Campesinato;Políticas Públicas;Assentamento;Territorialidades
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Geografia
Data do documento: Dez-2019
Resumo: A luta pela terra não é uma estratégia recente na história do Brasil, há muito tempo os camponeses sem terra tem optado pela ocupação de terras como maneira de conquistá-la, o mesmo acontecendo, com certa frequência, no Norte de Minas Gerais. Esta dissertação tem como objetivo geral compreender as territorialidades engendradas na luta, ocupação, resistência e vivência cotidiana dos camponeses do PA Dois de Junho, Olhos D'Água - MG. O PA Dois de Junho foi constituído a partir da luta dos posseiros, famílias que há tempos imemoráveis viviam nas fazendas que os pais, os avós, bisavós trabalhavam para os fazendeiros da região, e também pelos trabalhadores rurais e urbanos, desempregados e sem condições adequadas de vida. A primeira ocupação ocorreu no dia Dois de Junho de 1999, esses trabalhadores tiveram o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bocaiuva (STR). Atualmente o PA Dois de Junho conta com cerca de 120 famílias distribuídas em uma área total de 10.062 hectares. Para execução da pesquisa os procedimentos metodológicos basearam-se em estudos bibliográficos para fundamentação da parte teórica, pesquisa direta através de trabalho de campo no PA Dois de Junho, registros fotográficos, participação nas reuniões da associação, e conversas informais com o assentados. O referencial teórico apoiou-se nos conceitos de território e territorialidades. No caso do PA Dois de Junho, constituíram-se territorialidades tanto ligadas às práticas funcionais, quanto simbólicas. As territorialidades dos assentados estendem-se pelos diversos ambientes contidos nas várzeas, beiras dos rios, cachoeira e lagoas. É onde se desenvolvem modos de vida de trabalho e lazer singulares pautados por relações de solidariedade e laços de compadrio. As territorialidades relacionada as práticas funcionais, evidenciadas pela organização interna dos assentados, a maneira como eles organizam o espaço produtivo, as formas de produzir, as relações de trabalho individuas ou coletivas, organismos internos de representação como a Associação PA Dois de Junho. A Escola João Eduardo Pereira teve papel fundamental no processo de luta dos assentados, além de contribuir com a permanência dos moradores na terra a Escola reúne diversas pessoas do Projeto de assentamento nas atividades pedagógicas. A feira de Olhos D'Água - MG onde os assentados tecem múltiplas territorialidades econômicas, sociais e culturais. A apropriação simbólica é o espaço vivido como os assentados usam e apropriam do território comum, as experiências cotidianas, a valorização da luta, a representatividade da conquista da terra as práticas culturais. Territorialidades produzidas a partir das experiências desses sujeitos com o seu território expressões de um conteúdo cultural próprio de modos de vida divergentes com pontos de encontro que os permite territorializar espaços coletivos.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/542
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