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Título: Modelos de associação entre depressão e funções cognitivas: uma via bidirecional
Autor(es): Felício, Laís Francielle Francisca
Orientador(ra): Monteiro-Júnior, Renato Sobral Renato Sobral
Machado, Frederico Sander Mansur
Membro(s) Banca: Sampaio, Cristina Andrade
Cassilhas, Ricardo Cardoso
Palavras-chave: Idosos - Sintomas depressivos;Cognição;Institucionalização;Desempenho físico
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: 2021
Resumo: Este trabalho teve como objetivo apresentar sob diferentes óticas modelos de associação entre a depressão e as funções cognitivas. Para isso, dois trabalhos foram desenvolvidos: o primeiro visou determinar o nível de associação entre os sintomas depressivos e habilidades cognitivas de idosos institucionalizados, e o segundo aborda uma hipótese neurobiológica de que a interação entre depressão e declínio cognitivo é mediada por corticosteroides, gerando um downregulation no BDNF. Em relação ao método, o primeiro estudo é de caráter transversal e contou com 69 idosos vivendo em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), com rastreamento de seus sintomas depressivos e sua performance física e cognitiva investigadas através de testes e escalas específicas. Assim, a Escala de Depressão Geriátrica (GDS) de 30 itens foi usada para categorizar os grupos entre aqueles com sintomas depressivos (score de 10 ou mais) e os assintomáticos. Sobre os testes cognitivos: O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) foi usado para quantificar a cognição global, contendo 11 itens que avaliam domínios cognitivos como: orientação, memória, cálculo, linguagem e praxia. O teste de Fluência Verbal (FV) foi usado para avalir a fluência semântica e a função executiva através do número máximo de evocação de nomes de animais em 60 segundos. O Digit Span Forward (DSF) e o Digit Span Backward (DSB) foram usados para avaliar a memória de curto prazo e memória de trabalho, respectivamente. O DSF se trata da repetição de uma sequência numérica na mesma ordem dita e o DSB na ordem inversa. Sobre as avaliações físicas, foram usados o Teste de Marcha Estacionária de 2 minutos (TME2’) e o Teste Sentar e Levantar (TSL). O primeiro avalia a resistência aeróbia do sujeito por meio do número máximo de passos completados em dois minutos. No segundo teste o sujeito deve sentar e levantar continuamente por 30 segundos, para estimar a resistência e a força dos membros inferiores. O segundo estudo traz como método a análise in silico, por meio da inserção de genes no banco de dados GeneCards, para explorar os genes que codificam proteínas associadas com a depressão e o declínio cognitivo. As siglas dos genes foram inseridas na base de dados de bioinformática String, para visualização da interação em rede. Entre os resultados, no primeiro estudo foi evidenciado que os idosos com pior performance física e cognitiva exibiram a presença de sintomas depressivos, sendo que aqueles com maior déficit na memória de curto prazo mostraram quase 5 vezes mais chances de apresentarem sintomas depressivos (OR=4.86; IC= 1,09;21,69). Na análise in silico, a rede de interações entre os genes sugeriu a associação entre depressão e declínio cognitivo mediados por fator inflamatório (TNF-α) associado aos precursores de hormônios glicocorticoides (POMC e CRH). Desse modo, ressalta-se a importância de entender melhor como a associação entre depressão e declínio cognitivo acontece, uma vez que tais mecanismos se retroalimentam e podem ser melhor explicados por um modelo integral que contemple as dimensões biológicas e psicológicas, a fim de proporcionar intervenções mais eficientes e que abordem o problema de modo holístico.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/630
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