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Título: Associação da razão triglicérides/lipoproteína de alta densidade e de seus componentes isolados com condições cardiovasculares e metabólicas em adultos do estudo ELSA-Brasil
Autor(es): Lelis, Deborah de Farias
Orientador(ra): Baldo, Marcelo Perim
Membro(s) Banca: Guimarães, André Luiz Sena
Santos, Sérgio Henrique Sousa
Mill, José Geraldo
Crespo, Thaísa Soares
Palavras-chave: Dislipidemia;Aterosclerose;Rigidez arterial;Doenças cardiometabólicas
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2022
Resumo: As doenças cardiovasculares (DCV) compreendem a principal causa de morte no mundo, sendo a aterosclerose o principal fator causal subjacente. A dislipidemia, caracterizada por alterações nos níveis de lipídios, é um dos fatores de risco mais importantes para aterosclerose e possui relação próxima com a integridade vascular e doenças cardiometabólicas. Entre outras partículas lipídicas, os triglicérides (TG) e lipoproteína de alta densidade (HDL-C) merecem destaque, uma vez que o desbalanço dos seus níveis representa um ambiente aterogênico. Nesse contexto, a literatura suporta o uso de razões lipídicas como marcadores de risco, e a razão triglicérides/lipoproteína de alta densidade (TG/HDL-C) vêm-se mostrando uma ferramenta na estratificação de risco cardiometabólico. No entanto, os valores de referência da razão TG/HDL-C para diferentes raças/etnias, bem como a sua associação com algumas condições cardiometabólicas merecem investigações científicas adicionais. Nesse sentido, o principal objetivo do presente estudo foi definir valores de referência para a razão TG/HDL-C e verificar se a associação entre essa razão e a rigidez arterial é independente dos efeitos de seus componentes isolados, por meio da avaliação da coorte do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil), que inclui uma grande amostra de adultos brasileiros. O ELSA-Brasil é composto por uma coorte multicêntrica para estudo de doenças como diabetes, obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares em adultos com idade entre 35 e 74 anos. Dessa maneira, para atender o objetivo do presente estudo, primeiramente, uma amostra aparentemente saudável, com idade entre 35 e 74 anos, livre dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, foi selecionada para a geração de valores de referência para a razão TG/HDL-C. Os fatores de exclusão foram: diabetes, pressão arterial elevada, obesidade, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia severa e histórico de tabagismo. Os valores de referência obtidos foram testados na amostra geral do estudo ELSA-Brasil, estratificada por sexo e etnias/raças, para verificar a potencialidade de predição de risco dos valores de referência gerados. Em seguida, dados antropométricos, bioquímicos e clínicos foram utilizados para avaliar associações entre os níveis de TG, HDL-C e TG/HDL-C com a rigidez arterial, mensurada via Velocidade de Onda de Pulso (VOP). Os principais achados mostraram que a razão TG/HDL-C não varia significativamente com a idade, independentemente do sexo e etnias/raças, mas foi maior em homens em comparação às mulheres. Em adição, indivíduos negros apresentaram menores valores de TG/HDL-C quando comparados a outros grupos étnicos. Os percentis TG/HDL-C foram gerados e análises da curva ROC mostraram que valores de referência baseados no percentil 75 (2,6 para homens e 1,7 para mulheres), tinham maior sensibilidade e especificidade para homens e mulheres, independentemente de etnias, e que esses valores se mostraram significativamente associados com todas as condições cardiometabólicas testadas (hipertensão, diabetes, obesidade, síndrome metabólica e resistência à insulina). Também foi evidenciado no presente estudo que indivíduos com níveis aumentados da razão TG/HDL-C (terceiro tercil) apresentaram pior perfil antropométrico, bioquímico e clínico quando comparados a indivíduos com menores valores da razão TG/HDL-C. Em adição, uma associação linear entre TG, HDL-C e TG/HDL C com a VOP foi observada, sendo essa associação mais forte em mulheres. Após ajustes para fatores de confusão, baixos níveis de HDL-C se associaram com VOP em homens e mulheres, enquanto os níveis de TG não se associaram significativamente. Finalmente, a razão TG/HDL-C se associou significativamente à VOP somente em mulheres. Em conclusão, os principais achados do presente estudo enfatizam que os valores de referência da razão TG/HDL-C gerados no presente estudo (2,6 para homens e 1,7 para mulheres) são confiáveis e mostraram boa aplicabilidade clínica para detectar condições cardiometabólicas em uma população multiétnica. Além disso, foi possível concluir que os níveis de HDL-C parecem ter maior influência na associação entre a razão TG/HDL-C e rigidez arterial, um marcador de risco cardiometabólico, enquanto os níveis de TG se mostraram não influentes.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/705
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