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Título: Avaliação longitudinal da fragilidade em idosos comunitários e comparação entre a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS) e o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 (IVCF-20)
Autor(es): Carneiro, Jair Almeida
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Rodrigues, Rosalina Aparecida Partezani
Cintra, Marco Túlio Gualberto
Rodrigues Neto, João Felício
Silva, Carla Silvana de Oliveira
Palavras-chave: Vulnerabilidade em saúde;Fragilidade;Idoso fragilizado;Prevalência;Saúde do idoso
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: As particularidades relacionadas ao processo de envelhecimento tornaram-se mais evidentes a partir do aumento da proporção de idosos observado na população geral, fenômeno que vem acorrendo em todos os países, em especial nos países em desenvolvimento, como o Brasil. Este estudo teve por objetivo avaliar longitudinalmente a fragilidade em idosos comunitários, residentes no município de Montes Claros, norte de Minas Gerais, Brasil, e comparar a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFS) com o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 (IVCF-20), aplicados na mesma população. Para conhecer os fatores associados à piora da fragilidade, foi realizado estudo longitudinal prospectivo e analítico. Para comparar, por instrumentos diferentes, a fragilidade em idosos, foi realizado estudo transversal, aninhado à coorte de base populacional. A coleta de dados, na linha de base, ocorreu no domicílio entre maio e julho de 2013 a partir de uma amostragem aleatória, por conglomerados. A coleta de dados da primeira onda deste estudo foi realizada após um período médio de 42 meses, entre novembro de 2016 e março de 2017. Foram analisadas variáveis demográficas e socioeconômicas, morbidades e utilização de serviços de saúde. A fragilidade foi aferida pela EFS, durante os dois períodos de coleta de dados do estudo longitudinal, e pelo IVCF-20 no estudo transversal. As razões de prevalências ajustadas foram obtidas por análise múltipla de regressão de Poisson com variância robusta. A estatística Kappa analisou o grau de concordância, considerando a dicotomização da fragilidade (frágil x não frágil), e o coeficiente de Pearson avaliou a correlação entre os instrumentos, considerando os escores totais de cada um dos instrumentos. Participaram do estudo 394 idosos, sendo que 21,8% deles apresentaram piora da fragilidade. As variáveis associadas à transição para um estado pior de fragilidade foram: polifarmácia, autopercepção negativa de saúde, perda de peso e internação nos últimos 12 meses. No estudo transversal, a prevalência da fragilidade foi 28,2% pela EFS e a prevalência do alto risco de vulnerabilidade clínico-funcional foi de 19,5% pelo IVCF-20. A estatística Kappa foi 0,599, e o coeficiente de correlação de Pearson foi de 0,755 (p<0,001). As variáveis que se mantiveram estatisticamente associadas à fragilidade, após análise múltipla, em ambos os instrumentos, foram: idade igual ou superior a 80 anos, história de acidente vascular encefálico, polifarmácia, autopercepção negativa de saúde, queda nos últimos 12 meses e internação nos últimos 12 meses. A escolaridade inferior a 4 anos, a doença osteoarticular e a perda de peso foram associadas à fragilidade apenas pela EFS, enquanto possuir cuidador esteve associado ao alto risco de vulnerabilidade clínicofuncional somente pelo IVCF-20. A fragilidade foi confirmada como um processo dinâmico, caracterizado por transição entre níveis de fragilidade, ao longo do tempo. Fatores relacionados à saúde mostraram associação longitudinal com a piora da fragilidade. Embora os instrumentos EFS e IVCF-20 possuem concordância moderada e forte correlação positiva, e apresentem características similares para a identificação de fatores associados à fragilidade, a prevalência de fragilidade apontada é discrepante. Esse resultado destaca a necessidade de padronização do instrumento de aferição da fragilidade em idosos comunitários.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/723
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