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Título: Relação médico-paciente: a atitude de estudantes e professores de medicina em uma universidade brasileira
Autor(es): Moura, Noely Soares Veloso
Orientador(ra): Rodrigues Neto, João Felício
Membro(s) Banca: Caldeira, Antônio Prates
Hoffmann, Ernesto José
Silva, Carla Silvana de Oliveira
Palavras-chave: Paciente – Assistência centrada;Relação médico-paciente;Educação médica
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2016
Resumo: O cuidado centrado no paciente tem sido realmente associado com resultados positivos.O objetivo geral deste estudo foi avaliar a atitude dos estudantes e professores de uma escola médica brasileira a respeito da relação médico-paciente e verificar possíveis fatores associados. Este foi um estudo transversal analítico com estudantes e professores de um curso de graduação em medicina, utilizando a PPOS “Patient-Practitioner Orientation Scale” assim como um questionário com informações sociodemográficas. Os sujeitos da pesquisa foram os estudantes e os professores do curso médico da instituição em questão, no segundo semestre de 2015. Foram determinados o escore geral da PPOS bem como os subescores de “Cuidado” e “Poder”. Os testes de Mann Whitney e Kruskal Whallis foram utilizados para examinar o efeito das variáveis sociodemográficas e a interação com o escore encontrados para estudantes e professores. Um total de 212 estudantes foram pesquisados, correspondendo a 57,1% dos estudantes matriculados. O valor do escore total da PPOS encontrado para os estudantes foi 4,35 (± 0,5 DP), sendo que a média do escore total da PPOS entre estudantes do sexo feminino (4,43)fora significativamente superior à do sexo masculino (4,23) (p =0,00), evidenciando atitudes mais centradas no paciente nesse grupo. Houve também diferença estatisticamente significativa, tanto em escores da dimensão poder (4,30 para estudantes de sexo feminino e 4,01 para os do sexo masculino) (p = 0,01), como da dimensão cuidado (4,59 para estudantes do sexo feminino e 4,43 para os do sexo masculino) (p=0,01). Percebeu-se ainda diferença estatisticamente significativa na especialidade pretendida após a formatura, com atitudes menos centradas na pessoa entre estudantes que pretendiam exercer especialidades cirúrgicas (4,08) comparado àqueles que pretendiam especialidades não cirúrgicas (4,43) (p= 0,00). Não houve diferença estatisticamente significativa nos valores do escore total da PPOS de acordo com o período do curso. Com relação aos professores médicos, 77 (56%) participaram deste estudo. O escore total da PPOS foi 4,52 (±0,5 DP), com atitude mais centrada no paciente entre os professores, comparativamente aos estudantes (4,35)(p=0,001), porém havendo nítida necessidade de evolução para os dois grupos. A diferença de escores no que se refere sexo e exercício de especialidade cirúrgica não foi verificada entre os docentes. No entanto, a média da subescala de poder entre os docentes das áreas básicas (clínica médica, pediatria e medicina de família e comunidade) foi significativamente maior (4,49) em relação à média dos docentes das demais áreas (4,12)(p=0,04), o que reflete maior predisposição em compartilhar decisões com os pacientes, entre esses docentes. Os escores totais da PPOS em ambos, estudantes e professores, não apresentaram diferenças estatísicamente significativas em relação às demais variáveis do questionário sociodemográfico. A análise das atitudes dos estudantes e docentes a respeito da relação médico-paciente permitiu desvendar um cenário desconhecido, com atitudes mais centradas no paciente verificadas entre os docentes, apesar da necessidade de melhorias para ambos. São imperativas pesquisas que avaliem não apenas a atitude, mas sim o comportamento desses sujeitos. Mais importante ainda, percebe-se a necessidade de mudanças estruturais e ou curriculares que possam impactar positivamente na atitude tanto de estudantes quanto de docentes de medicina, no que diz respeito à relação com aquele que deve estar no centro, ou seja, o paciente.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/737
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