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Título: Aconselhamento em doenças sexualmente transmissíveis por médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde: percepção, prática auto-referida e efeitos de uma intervenção educativa
Autor(es): Barbosa, Thiago Luis de Andrade
Orientador(ra): Haikal, Desirée Sant’Ana
Membro(s) Banca: Gomes, Ludmila Mourão Xavier
Pinho, Lucineia de
Sampaio, Critina Andrade
Leite, Maisa Tavares de Souza
Caldeira, Antônio Prates
Palavras-chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis – HIV - Aconselhamento;Avaliação – Estudo de intervenção;Efetividade.;Estratégia Saúde da Família;Educação continuada
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2015
Resumo: Este estudo objetivou investigar as percepções, a prática auto-referida e os efeitos de uma intervenção educacional sobre aconselhamento em doenças sexualmente transmissíveis/HIV/Aids no conhecimento de médicos e enfermeiros da Atenção Primária à Saúde (APS). Nesta investigação adotou-se um misto de métodos de pesquisa, mediante a combinação de abordagens quantitativas e qualitativas na investigação, sendo dividido em fase 01 (estudo qualitativo), fase 02 (estudo transversal) e fase 03 (intervenção educativa). O público-alvo do estudo foi composto por médicos e enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município e que não estivessem de férias ou qualquer outra licença no período do estudo. O período de coleta ocorreu entre janeiro e abril de 2015. A pesquisa qualitativa foi fundamentada na Fenomenologia Social de Alfred Schütz e a coleta de dados se deu em formato de grupo focal com 12 profissionais a fim de investigar a percepção deles sobre a prática aconselhamento na APS. As falas foram gravadas e, posteriormente, transcritas na íntegra. O delineamento transversal foi realizado por meio da aplicação de um questionário que avalia prática auto-referida dos profissionais à luz dos manuais do Ministério da Saúde, classificando-a em adequada/inadequada. Foram investigadas quatro unidades temáticas da prática: realização do aconselhamento, medidas de prevenção, avaliação de comportamento de risco/vulnerabilidade e testagem sorológica. No estudo de intervenção educativa, os profissionais foram randomizados em grupo controle ou intervenção. O grupo intervenção recebeu uma capacitação de 16 horas com a utilização de metodologias ativas sobre aconselhamento em DST/HIV/Aids na APS. O grupo intervenção (n=72) foi comparado com o grupo controle (n=78). O grupo controle não recebeu quaisquer orientações no período de realização da pesquisa. A avaliação da intervenção educativa foi realizada por meio de pré e pós-testes de conhecimento que abordavam questões sobre aconselhamento e comunicação, avaliação de risco e vulnerabilidade, medidas de prevenção e testagem sorológica. Os dados qualitativos foram submetidos às etapas da análise da Fenomenologia Social e organizados em três categorias. Os dados quantitativos foram submetidos à análise descritiva e bivariada. Os preceitos éticos foram respeitados. No estudo qualitativo, a percepção dos profissionais sobre a prática do aconselhamento em DST/HIV/AIDS na APS foi agrupada em três categorias: “Concepções e práticas do aconselhamento em DST/HIV/Aids na APS”; “Barreiras para prática do aconselhamento em DST/HIV/Aids na APS”; “Expectativas dos profissionais para melhoria do aconselhamento em DST/HIV/Aids na APS”. Os resultados do estudo qualitativo apontaram que os profissionais realizam o aconselhamento de forma reduzida baseada na orientação para prevenção de doenças. Essa prática está inserida no planejamento familiar e atividades escolares. O acesso do usuário com DST ao serviço é marcado por procura mínima. Constataram-se dificuldades para o aconselhamento na visita domiciliar, manutenção do sigilo e da privacidade de informações dos usuários. Participaram do estudo transversal 146 profissionais (41,1% médicos e 58,9% enfermeiros). Apenas 25,7% dos profissionais relataram práticas adequadas. O domínio com maior proporção de práticas inadequadas foi o de avaliação de comportamento de risco/vulnerabilidade. Os médicos mostraram maior chance de prática global adequada (OR: 3,48), especialmente no domínio testagem sorológica. No estudo de intervenção educativa, com 150 profissionais (40% médicos e 60% enfermeiros), os resultados mostraram que houve incremento significativo de acertos nas questões formuladas após a intervenção (p<0,001). Esse incremento foi significativo em todos os domínios cognitivos do questionário. Conclui-se que as práticas de aconselhamento em DST e HIV/Aids na APS ainda não atingiram os parâmetros preconizados pelo Ministério da Saúde, revelando necessidade de intensificar a sensibilização/capacitação dos profissionais na realização das mesmas. A intervenção educativa realizada foi efetiva, pois possibilitou a elevação do conhecimento sobre aconselhamento em DST/HIV/Aids entre profissionais da ESF.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/740
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