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Título: Síndrome Metabólica em mulheres no climatério: prevalência e fatores associados
Autor(es): Reis, Vivianne Margareth Chaves Pereira
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Membro(s) Banca: Rocha, Josiane Santos Brant
Martins, Andréa Maria Eleutério de Barros Lima
Baldo, Marcelo Perim
Oliveira, Fernanda Piana Santos Lima de
Almeida, Maria Tereza Carvalho
Palavras-chave: Climatério;Síndrome metabólica;Fatores de risco
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: A Síndrome Metabólica caracteriza-se por um aglomerado de componentes como a hiperglicemia, hipertensão arterial, níveis elevados de triglicérides, baixos níveis de colesterol de alta densidade e aumento da circunferência abdominal. Esta síndrome é considerada importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes mellitus tipo II. O presente trabalho tem como objetivo investigar a Síndrome Metabólica em mulheres no climatério. Trata-se de um recorte de um estudo epidemiológico de natureza transversal intitulado “Agravos à Saúde de Mulheres Climatéricas”. Sua população envolveu 30.018 mulheres climatéricas, assistidas pelas 73 unidades de Estratégias de Saúde da Família da cidade de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Adotou-se amostragem probabilística por conglomerado, cuja amostra foi constituída por 874 mulheres. Três estudos foram conduzidos. Estudo 1: Objetivou-se estimar e comparar a prevalência da Síndrome Metabólica de acordo com as definições da American Heart Association/National Heart, Lung, and Blood Institute (AHA/NHLBI), International Diabetes Federation (IDF) e Joint Interim Statement (JIS). Foram estimadas prevalências da Síndrome Metabólica, segundo as três definições. Avaliou a sensibilidade e a especificidade entre as definições da Síndrome Metabólica considerando a definição JIS como padrão-ouro. Calculou-se o coeficiente Kappa para verificar o grau de concordância entre as definições. Foram observadas prevalências da Síndrome Metabólica de 56,9% (IC: 50,2% - 63,2%) pela definição do AHA/NHBI, 61,6% (IC: 55,5% - 67,4%) pelo IDF e de 64,8% (IC: 58,1% - 70,9%) pelo JIS. A definição do AHA/NHBI identificou 87,4% de mulheres com a Síndrome Metabólica do total definido pelo JIS (Kappa=0,835). O IDF foi capaz de identificar 95,3% de mulheres com a Síndrome Metabólica do total de casos definidos pelo JIS (Kappa=0,934). Observou-se elevada prevalência da Síndrome Metabólica em mulheres climatéricas independente da definição utilizada. Observou-se forte concordância entre as definições da AHA/NHBI e IDF em relação à definição do JIS. Estudo 2: Objetivou-se investigar a associação entre a Síndrome Metabólica e os fatores sociodemográficos, comportamentais, reprodutivos e clínicos em mulheres climatéricas. Adotou-se modelo de regressão de Poisson, com variância robusta, hierarquizado, cujas variáveis independentes: no nível distal foram as variáveis sociodemográficas, no nível intermediário foram as comportamentais e reprodutivas e no nível proximal foram as variáveis clínicas. Evidenciou-se associação significativa entre a Síndrome Metabólica e faixa etária 46 a 51 anos (RP=1,25; p=0,009), 52 a 65 anos (RP=1,39; p=0,001), escolaridade/ensino fundamental I (RP=1,14; p=0,033), presença de sintomas moderados ou intensos do climatério (RP=1,12; p=0,028) e presença de doença de gota (RP=1,20; p=0,049). Mulheres com idade acima de 45 anos, com baixo nível de escolaridade, com sintomas do climatério de moderado a intenso, com doença da gota apresentaram maior prevalência da Síndrome Metabólica no climatério. Estudo 3: Objetivou-se investigar as inter-relações entre a obesidade, pressão arterial e perfil metabólico tratadas como variáveis latentes (construtos) por meio da análise fatorial confirmatória. Utilizou-se a modelagem de equação estrutural para ajustar o modelo final. Observou-se que a idade exerce efeito positivo e significativo sobre a pressão arterial (β=0,17; p=<0,001) e a obesidade (β=0,17; p=<0,001). Verificou-se também efeito direto e positivo da obesidade na pressão arterial (β=0,27; p=<0,001) e no perfil metabólico (β=0,10; p=<0,001) ajustado pela idade. Em mulheres no climatério, o aumento da idade tem efeito sobre o aumento da obesidade e da pressão arterial, assim como a obesidade tem efeito positivo sobre o aumento da pressão arterial e alteração no perfil metabólico.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/779
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