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Título: Estudos Psicométricos da versão Brasileira do Modified Checklist for Autism in Toddlers (MCHAT)
Autor(es): Alves, Maria Rachel
Orientador(ra): Silveira, Marise Fagundes
Membro(s) Banca: Maia, Fernanda Alves
Figueiredo, Maria Fernanda Santos
Pinho, Lucinéia de
Monteiro Júnior, Renato Sobral
Palavras-chave: Transtorno autístico;Estudos de validação;Brasil;Triagem;Sensibilidade e especificidade
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: O transtorno do espectro do autismo (TEA) faz parte do grupo dos transtornos do neurodesenvolvimento, cujos sintomas se iniciam precocemente, por meio de déficits persistentes na comunicação, na interação social, e presença de interesses e comportamentos repetitivos e estereotipados. O diagnóstico e intervenção precoce estão associados ao melhor prognóstico tanto no funcionamento cognitivo e adaptativo, como na redução da gravidade dos sintomas centrais do TEA, entretanto, no Brasil há uma escassez de instrumentos para rastreamento de sinais precoces do TEA, o que leva muitas crianças a serem diagnosticadas tardiamente. O presente estudo objetivou avaliar as propriedades psicométricas do Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) em uma população de crianças no norte de Minas Gerais, Brasil. Trata-se de um estudo de validade em que a amostra foi constituída por 1204 crianças de até 36 meses de idade distribuídas em dois grupos: o grupo 1 constituído por 88 crianças com TEA e grupo 2, constituído por 1116 crianças sem TEA. Utilizou-se a versão do M-CHAT traduzida para o português do Brasil, composta por 23 itens com respostas “sim” ou “não”, que indicam a presença ou ausência de comportamentos conhecidos como sinais precoces do TEA, sendo que seis destes itens são considerados críticos para o TEA. Foram adotados dois critérios para identificação de crianças “em risco para o TEA”: a criança que falhar (pontuar) em pelo menos 2 dos 6 itens críticos ou em pelo menos três dos 23 itens do M-CHAT. As propriedades psicométricas do M-CHAT analisadas foram: confiabilidade (consistência interna e reprodutibilidade), sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo (VPP), valor preditivo negativo (VPN) e validade discriminante. A consistência interna foi avaliada utilizando-se o coeficiente Kuder-Richardson (KR21), e a reprodutibilidade por meio dos coeficientes Kappa e Correlação Intra-Classe (CCI). Foram estimados sensibilidade, especificidade, VPP e VPN, com respectivos intervalos de 95% de confiança, bem como construídas as curvas Receiver Operating Characteristic (ROC). Para analisar a validade discriminante, os dois grupos foram comparados quanto à proporção de falhas em cada item do M-CHAT utilizando-se o teste do Qui-quadrado ou o teste Exato de Fisher. Comparou-se ainda o número de falhas segundo sexo, faixa etária e grupo dos participantes (grupo 1 e 2), por meio do teste de Mann-Whitney. Para os dois critérios avaliados (2 dos 6 itens críticos e 3 dos 23), o M-CHAT apresentou consistência interna elevada (0,78 e 0,86), reprodutibilidade satisfatória (Kappa de 0,60 a 0,79 e CCI = 0,87 e 0,89), alta sensibilidade (0,807 e 0,932), especificidade (0,927 e 0,706) e VPN (0,984 e 0,992), porém as estimativas do VPP (0,467 e 0,250) não foram satisfatórias. Quanto à validade discriminante, observou-se que a proporção de falhas foi significativamente maior no grupo de crianças com TEA em todos os itens do instrumento. Observou-se também que o número de falhas foi maior entre as crianças do sexo masculino, com faixa etária de 25-36 meses e no grupo com TEA. A versão brasileira do M-CHAT apresentou propriedades psicométricas adequadas no que se refere à confiabilidade, sensibilidade, especificidade, VPN e validade discriminante, o que torna recomendável sua aplicação para rastrear crianças com sinais do TEA no contexto escolar. Entretanto, reforça-se a importância de se utilizar, conjuntamente com esse instrumento, a entrevista sugerida pelos autores originais do MCHAT, a fim de reduzir o número de falso positivo.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/783
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