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Título: Transição Paradigmática na Educação Médica
Autor(es): Torres, Vânia
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Sampaio, Cristina Andrade
Palavras-chave: Aprendizagem baseada em problemas;Estudantes de medicina;Educação médica.
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2018
Resumo: O movimento de mudança na educação médica, que vem expandindo-se no século XXI, provocou uma ruptura com o ensino tradicional vigente e motivou a adoção de metodologias ativas, com vistas a adequar a formação do médico às necessidades de saúde da população. Dentre as diferentes modalidades de metodologias ativas propostas, a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) tem-se destacado nos cursos de Medicina. Essa metodologia desloca o ensino centrado na transmissão e reprodução do conhecimento para o ensino em que o estudante assume a responsabilidade por seu aprendizado, de forma ativa e crítica. Essa mudança de paradigma, além de requerer mudanças de estruturas e de currículo, imprime um novo papel para o estudante, bem como para o professor, tendo revelado, ao longo de sua aplicação, dificuldades que podem provocar o desgaste dessa inovação metodológica. Este estudo objetivou analisar a percepção dos estudantes do curso de Medicina em relação à transição do ensino tradicional, ministrado no Ensino Médio, para a ABP, adotada no Ensino Superior. Realizou-se um estudo exploratório, qualitativo, com estudantes do primeiro período do curso de Medicina de duas faculdades particulares e de uma universidade pública, no norte de Minas Gerais. A coleta de dados foi realizada por meio da condução de três grupos focais. Os dados obtidos foram analisados mediante técnica de Análise Temática. Três núcleos temáticos comuns entre os grupos e suas subcategorias emergiram das falas: 1) Reconhecendo as características do método tradicional: percebendo o professor como centro do processo ensino-aprendizagem e identificando fragilidades do método tradicional; 2) Percebendo uma nova metodologia de aprendizagem: reconhecendo as propostas e avanços educacionais na ABP e identificando um novo papel do estudante; 3) Vivenciando a ruptura de paradigma: identificando os desafios e buscando superar as dificuldades. A análise dos dados evidenciou que os estudantes percebem as fragilidades do ensino tradicional e suas implicações no processo de aprendizagem deles. A visão que os estudantes têm da ABP é positiva, mas contraditória, pois registram sentir falta de aulas expositivas, como nos cursos tradicionais. Esse resultado traduz, por um lado, a angústia de uma transição paradigmática, mas, por outro lado, alerta para a possibilidade de equívocos na condução da ABP, sobretudo no papel assumido pelos tutores. Na visão dos participantes, a ruptura com o ensino tradicional provoca desafios, como: desenvolver a autonomia, autogerenciar a aprendizagem, administrar de forma eficiente o tempo, lidar com fontes variadas de informações, aprender a aprender, delimitar o conteúdo a ser estudado, superar a insegurança para expor os conhecimentos na sessão tutorial, dentre outros. Para vencer esses desafios, os estudantes utilizam estratégias independentes e de forma isolada, sem apoio institucional. Sugere-se a criação de serviços de orientação, de desenvolvimento de recursos de aprendizagem e de acompanhamento aos estudantes, como um dos focos de atenção para minimizar as dificuldades enfrentadas por eles nesse período de transição.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/793
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