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Título: Excesso de peso corporal e qualidade de vida em adolescentes da rede pública de ensino
Autor(es): Barbosa, Isabelle Arruda
Orientador(ra): Silva, Carla Silvana de Oliveira e
Membro(s) Banca: Brito, Maria Fernanda Santos Figueiredo
Pinho, Lucinéia de
Fonseca, Adélia Dayane Guimarães
Rodrigues Neto, João Felício
Torres, Jaqueline de Paula Ribeiro Vieira
Monteiro Júnior, Renato Sobral
Palavras-chave: Excesso de peso corporal;Qualidade de vida;Adolescentes;Psicometria
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: Esta pesquisa objetivou verificar o excesso de peso corporal, a qualidade de vida e os fatores associados em adolescentes do ensino público da cidade de Montes Claros – MG. Utilizou-se de uma abordagem epidemiológica, transversal e analítica. Foram obtidos dados de 635 adolescentes após o cálculo amostral, de uma população total de 77.833 adolescentes de escolas públicas estaduais. Estes eram de ambos os sexos, com idade entre 10 e 16 anos, das quatro regiões geográficas (norte, sul, leste e oeste) da referida cidade. Os adolescentes foram classificados quanto ao excesso de peso corporal (EPC), conforme parâmetros da Organização Mundial de Saúde, para sexo e idade. Para avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde dos adolescentes, utilizou-se o questionário KIDSCREEN-27. Três estudos foram conduzidos. Estudo 1: Objetivou verificar a prevalência de EPC em adolescentes e fatores associados. Coletaram-se dados demográficos, história familiar, clínicos e comportamentais. Foi feita a classificação dos adolescentes, conforme estado nutricional ponderal. Utilizou-se a regressão múltipla hierarquizada de Poisson. A prevalência de EPC dos adolescentes foi de 32,8% e esteve positivamente associada a antecedentes familiares de dislipidemia (p=0,003; RP=1,474; IC95%=1,139-1,907) e à ingestão de álcool (p=0,044; RP=1,430; IC95%=1,009-2,028). Estudo 2: Objetivou estimar propriedades psicométricas do KIDSCREEN-27 em adolescentes. Foram avaliadas: a validade de construto e a confiabilidade. A validade de construto, no geral, apresentou resultados satisfatórios: cargas fatoriais > 0,4; indicadores de qualidade de ajuste do modelo adequados (χ 2 /df =2,48; CFI =0,913; GFI=0,920; TLI=0,901; RMSEA=0,048). Diferenças estatisticamente significativas foram verificadas para as dimensões “Suporte social e grupo de pares e “Ambiente escolar”. A maioria das dimensões do KIDSCREEN-27 foi bem discriminadas entre si. A confiabilidade apresentou consistência interna adequada (α de Cronbach de 0,71 a 0,79) em todas as dimensões. Estudo 3: Objetivou analisar os efeitos da adiposidade sobre a qualidade de vida dos adolescentes, mediados por fatores associados. Foram coletados dados antropométricos, de atividade física, hábitos alimentares inadequados, imagem corporal e qualidade de vida dos adolescentes. Foi realizada a modelagem com equações estruturais. As seguintes variáveis foram tratadas como construto: adiposidade e hábitos alimentares inadequados. As variáveis exploratórias foram atividade física e imagem corporal; e a variável desfecho, qualidade de vida. O efeito total da adiposidade mediada pela atividade física sobre a qualidade de vida foi positivo e significativo (β=0,213; p<0,05), em contraste com o efeito total mediado pelos hábitos alimentares inadequados sobre a qualidade de vida, que foi negativo e significativo (β=-0,150; p<0,05). O efeito direto da atividade física sobre a qualidade de vida foi positivo e significativo (β=0,209; p<0,001), ao contrário do efeito de hábitos alimentares inadequados, que foi negativo e significativo (β=-0,174; p=0,006). Conclusões: quanto à prevalência de EPC, verificou-se que são influenciadas pela história familiar de dislipidemia e ingestão de álcool dos adolescentes. Já nas análises das propriedades psicométricas do KIDSCREEN-27, verificou-se que, no geral, foram adequadas para essa amostra de adolescentes, devendo ser avaliadas também em diferentes contextos no Brasil. Quanto aos efeitos de fatores sobre a qualidade de vida dos adolescentes mediados pela adiposidade, verificou-se que a adiposidade, atividade física e hábitos alimentares inadequados, no geral, exerceram efeitos pequenos sobre a qualidade de vida dos adolescentes.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/834
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