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Título: Comportamentos de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Saúde Mental de estudantes de medicina
Autor(es): Medeiros, Mirna Rossi Barbosa
Orientador(ra): Caldeira, Antônio Prates
Membro(s) Banca: Coelho Júnior, Achilles Gonçalves
Volpe, Fernando Madalena
Baldo, Marcelo Perim
Rodrigues Neto, João Felício
Palavras-chave: Medicina – Estudantes;Estilo de vida;Fatores de risco;Doenças Crônicas Não-Transmissíveis - DCNT;Saúde mental
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Saude Coletiva
Data do documento: 2019
Resumo: Estudantes de medicina, à medida que têm contato com o curso, passam a apresentar várias queixas, relacionadas ao volume excessivo de estudos, tempo escasso, cansaço físico, além de contato desgastante com pacientes terminais e com a morte. Como consequência, esse grupo populacional costuma dormir menos quantidade de horas que o desejável e tem alta prevalência de transtornos que afetam a sua saúde mental, como sintomas depressivos, síndrome de Burnout e Transtornos Mentais Comuns. Também existem mudanças significativas no estilo de vida dos estudantes que aumentam o risco para a sua saúde, como hábitos alimentares inadequados, sedentarismo, consumo abusivo de álcool e tabagismo. Todos esses aspectos destacam a necessidade de estudos mais profundos sobre esse grupo populacional, especialmente de caráter longitudinal. O presente estudo objetivou avaliar a qualidade de vida, a saúde mental (transtornos mentais comuns, sintomas depressivos, síndrome de Burnout, sonolência diurna excessiva) e comportamentos de risco para doenças crônicas não transmissíveis entre acadêmicos de medicina ao longo de três anos da graduação. A coleta de dados foi realizada com estudantes dos 1º, 7º e 11º períodos em 2015, de três escolas médicas do norte de Minas Gerais, por meio de questionários autoaplicáveis e validados. A análise dos dados contou com cálculos de regressão logística e Poisson e testes de comparação de Kruskal-Wallis. Com relação à aglomeração de comportamentos alimentares de risco para doenças crônicas, 30,8% dos acadêmicos apresentaram três ou mais comportamentos. Na análise conjunta, observou-se que a prevalência de comportamentos alimentares de risco foi significativamente maior nos acadêmicos do 1º período. Quando avaliados outros comportamentos de risco, como inatividade física, consumo abusivo de álcool e tabagismo, a prevalência de aglomeração de três ou mais comportamentos de risco foi de 22,0% e esteve associada a sintomas depressivos e sonolência diurna. Estudantes com renda mais baixa e casados tiveram maior probabilidade de apresentar inatividade física e alimentação inadequada simultaneamente; e a chance de apresentar inatividade física, consumo abusivo de álcool e alimentação inadequada foi maior nos estudantes de instituições privadas e com sonolência diurna excessiva. Em relação à sonolência diurna, 34,6% dos estudantes apresentaram níveis patológicos e 6,9% níveis muito patológicos. A prevalência de sonolência diurna patológica foi maior nos estudantes com presença de Transtornos Mentais Comuns, exaustão emocional e baixa eficácia profissional, e menor naqueles que residiam com os pais. Ao longo dos três anos da graduação, observou-se um aumento nos escores de morbidade psicológica, sonolência diurna; e nas dimensões exaustão emocional e descrença, ambas da Síndrome de Burnout, e uma redução nos escores de eficácia profissional. Não houve diferenças nos escores de qualidade de vida entre os três anos de estudo, embora a média em todos eles não tenha sido alta. Esse resultado demonstra que muitos estudantes apresentam uma saúde mental comprometida desde o início da graduação e que a exposição ao curso de medicina contribui para o sofrimento psíquico daqueles que estão mais vulneráveis. É essencial que a saúde mental seja tema de debates, fóruns, seminários, dentro das próprias universidades, e que as escolas médicas adotem estratégias mais eficazes de “busca” dos estudantes em risco para sofrimento psíquico. Em relação ao estilo de vida, registrou-se um número expressivo de estudantes com aglomeração de comportamentos de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis, aspecto potencialmente danoso, e que pode estar relacionado à rotina agitada dos estudantes. Ações de promoção de saúde devem ser desenvolvidas pela gestão.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/843
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