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Título: (Res)significando o parto: uma análise cartográfica da vivência de mulheres
Autor(es): Versiani, Clara de Cássia
Orientador(ra): Sampaio, Cristina Andrade
Membro(s) Banca: Alves, Carolina dos Reis
Santos, Nágela Cristine Pinheiro
Lopes, Joanilva Ribeiro
Andrade, João Marcus Oliveira
Palavras-chave: Parto (Obstetrícia);Parto humanizado;Trabalho de parto;Nascimento;Autonomia Pessoal;Cartografia;Enfermagem obstétrica
Área: Ciencias da Saude
Subárea: Medicina
Data do documento: 19-Jun-2023
Resumo: Ao longo do tempo muito se tem discutido sobre a humanização do parto e nascimento, mas ainda existem desafios postos ante nós para a efetivação desta filosofia nos serviços e instituições de saúde que prestam assistência às mulheres e seus recém-nascidos. Em pouco mais de um século, o parto deixou de ser uma experiência do ambiente familiar e íntimo, compartilhada somente por mulheres, para se tornar uma prática dominada por ações intervencionistas onde predomina o modelo tecnocrático e medicalizado. Nesta perspectiva, a promoção do parto e nascimento humanizado preza por um modelo de atenção que seja baseado no conhecimento de evidências científicas, levando à realização de práticas comprovadamente benéficas e ao resgate da autonomia das mulheres neste tipo de assistência. Daí a importância da atuação da equipe multidisciplinar na assistência ao parto, propiciando o reconhecimento deste como evento apical da feminilidade sobre o qual atuam forças sociais, emocionais, psicológicas, afetivas, espirituais e, acima de tudo, ocorre em configuração subjetiva, única e intransferível, respeitando as evidências científicas que norteiam esse trabalho. O objetivo principal deste estudo foi compreender a trajetória e as percepções que (res)significam o trabalho de parto e parto na experiência das mulheres. Trata-se de um estudo qualitativo, com produção de dados no campo e interpretação guiada por referencial metodológico, teórico filosófico: a cartografia. Os dados foram produzidos a partir de 10 entrevistas com mulheres que receberam assistência ao parto em instituições de saúde públicas e/ou privadas da cidade de Montes Claros/MG, dentro dos serviços de atenção ao parto e nascimento. Os resultados do processo de interpretação são apresentados por meio de 14 produtos técnico-científicos: "Partejando: o processo de parto e nascimento por uma usuária-guia" (artigo 1); "Protocolo Operacional Padrão: Métodos não farmacológicos de alívio da dor (POP)"; "(Res)significando o parto: um processo permeado pelo conhecimento, reflexões, intensidades e empoderamento feminino” (artigo 2); "História em Quadrinhos: Conhecendo sobre os métodos não farmacológicos de alívio da dor do parto" (Cartilha Educativa); “(Res)significando o parto para além da medialização” (E-book fotográfico); “As boas práticas na assistência ao parto vaginal sob a ótica das puérperas” (resumo em evento científico 1); “Qualidade da assistência obstétrica prestada às mulheres em trabalho de parto no Brasil: revisão integrativa” (resumo em evento científico 2); “O uso dos métodos não farmacológicos de alívio da dor durante o trabalho de parto: um relato de experiência” (resumo em evento científico 3); “Women’s perception over obstetric assistence in Brasil: a systematic rewiew” (resumo em evento científico 4); “Delivering the process of birth: the search for a humanized care line of a user-guide” (resumo em evento científico 5); “O significado da assistência ao parto para mulheres em um hospital universitário” (resumo em evento científico 6); “Construção de um material educativo sobre métodos não farmacológicos de alívio da dor” (resumo em evento científico 7); “Qualidade da assistência obstétrica prestada às mulheres em trabalho de parto no Brasil: uma revisão sistemática” (capítulo de livro 1); “O que há por trás da pintura: (res)significando o cuidado a gestante frente ao impacto do COVID-19” (capítulo de livro 2). Os resultados do estudo possibilitaram compreender que as mulheres não querem fugir da assistência institucional, mas buscam um cuidado pautado em orientações, informações e acolhimento; além disso, procuram ter uma equipe que vá além de competência e habilidades técnicas - que seja humana e estimule o seu protagonismo por meio do conhecimento do seu poder interior no processo de parturição. Mapear essa rede de significados deixa renascer novas implicações para além dessa pesquisa, permitindo que estejamos atentos e sensíveis para novos rizomas a serem edificados nesse cenário da assistência ao parto a qual todas nós mulheres de alguma forma estamos inseridas. Cartografar a vivência de mulheres na atenção ao parto e nascimento ainda se faz necessário, pois, é importante que busquemos mapear como outras usuárias nacionalmente e internacionalmente (res)significam essa assistência em sua realidade. As práticas de atenção ao parto podem ainda estar embasadas no patriarcado da medicalização e na violência de gênero, não só a nível nacional, bem como a nível mundial - em resumo, nas relações de biopoder. Ao dar continuidade a investigações futuras, poderemos contribuir para que muitas outras mulheres possam (res)significar o parto de uma forma mais humana, segura e de qualidade na produção do cuidado.
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/870
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