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Título: Mulheres Negras e Decolonialidade: um olhar sobre os livros didáticos de História do Anos Iniciais do Ensino Fundamental da rede pública de Montes Claros / MG
Autor(es): Lacerda, Bruna Alves
Orientador(ra): Nascimento, Rafael Baioni do
Membro(s) Banca: Amorim, Mônica Teixeira
Silva Júnior, Astrogildo Fernandes da
Palavras-chave: Negros nos livros didáticos;Negras;Livros didáticos;Ensino fundamental;História (Ensino fundamental);Decolonialidade
Área: Ciencias Humanas
Subárea: Ciência Política
Data do documento: 2023
Resumo: O presente trabalho teve como principal objetivo propor reflexões epistemológicas de perspectivas de gênero decoloniais com o intuito de compreender as representações de gênero, raça e de mulheres negras nos livros didáticos de História. O pressuposto teórico utilizado neste estudo tem como embasamento autores antagônicos às perspectivas eurocentradas de organização social, gênero e raça, bem como as representações de mulheres negras por elas mesmas. Dentre os autores, citamos estudiosos, como Quijano (2005, 2009), Dussel (2005), Castro-Gómez (2005), Mignolo (2003), Oyěwùmí (2021) e Gonzalez (1988). Como caminho metodológico, utilizamos o conceito de pesquisa qualitativa e subjetividade proposta por González Rey (2010), utilizando a técnica de análise de conteúdo proposto por Bardin (2016) trabalhando o conceito de representação por Hall (2006) e Silva (2000). Com isso, realizamos as análises dos materiais, que são: dois livros didáticos da disciplina História, referente ao 5° ano dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública da cidade de Montes Claros / MG utilizados pelos alunos nos anos de 2020 a 2022. Após as análises, constatamos que um dos livros apontou ser pouco explorado a respeito da representação de gênero para além do entendimento tradicional e não apresenta conteúdos sobre mulheres negras. Ao contrário do livro didático anterior, percebemos no segundo livro que os autores exploraram com mais profundidade as representações de mulheres negras e não utilizaram o conceito de gênero como pré-existente em todas as sociedades. Com isso, concluímos que os materiais apresentam grandes diferenças na abordagem do conteúdo entre si, colocando principalmente a ênfase em determinados conteúdos em detrimento de outros. Constatamos que, o ensino para superar o preconceito de gênero, raça e resgatar a historicidade do entrelaçamento epistemológico de Brasil e África são de suma importância para a superação do sexismo, do racismo e também dos estereótipos associados às mulheres negras. Estereótipos estes que, muitas das vezes, perduram no imaginário social brasileiro atreladas a representações subalternas ou irrelevantes. Nesse sentido, o presente estudo propõe colaborar para um olhar mais atento e criterioso por parte dos professores no processo de escolha dos livros didáticos de História no PNLD (Plano Nacional do Livro Didático).
URI: https://repositorio.unimontes.br/handle/1/934
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